Carolina, Carol, Carola, Loló ou simplesmente Ló

Sim, esta sou eu...

Meus pais sempre me chamaram de Carolina, minha avó materna até hoje me chama de Carola, para minha avó paterna eu era a Lózinha (adoro colocar este acento indevido no "o"), tenho primos que me chamam de Loló outros só de Ló e na maioria dos casos eu sou simplesmente a Carol.

Apesar de todos esses nomes, pseudonomes e apelidos carinhosos, sempre tive uma única essência...

Hoje, posto aqui em homenagem à MINHA criança. Não para minha filha Nara que vai nascer, mas para esta criança que vive dentro de mim há 30 anos pelo menos.

Minha infância foi realmente muito boa, tive o privilégio de ser criada na minha pacata cidade de São João da  Boa Vista, não sabia o que era um apartamento, vivia literalmente solta nos quintais dos meus avós e essa é uma das lembranças mais bonitas que tenho.

Meus avós paternos eram muito simples, o quintal da casa deles era de chão batido, me lembro quando chovia e subia aquela fumacinha com cheiro de terra molhada. Meu avó Zé tinha  mania de ser o "faz tudo" (rs...) ele se dizia pedreiro, marceneiro, curandeiro nas horas vagas e até dançarino (ia de domingo dançar no coreto da praça). Enfim, ele era uma figura... fazia vários brinquedinhos pra mim e um deles era um pilão pequenininho e eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo por ter um pilãozinho mesmo sem muita utilidade! Rs...

Já na parte materna, meus dias de criança eram intermináveis. Tenho 3 primos praticamente da mesma idade, a Alice (minha fiel parceira), o Matheus (vulgo Tuco) e a Iara. Nós quatro soubemos muito bem o que é brincar. A gente simplesmente brincava e brincava muito! 

Quando eu tinha 5 anos veio a Julia, minha irmãzinha birrentinha, branquela, chorona, a quem eu carregava um tempo depois pra cima e pra baixo nas minhas brincadeiras! 

Como vocês podem perceber, minha infância não foi muito diferente da infância das outras crianças da minha época... tudo bem que eu era um pouco precoce, gostava muito de ler, de dançar, de liderar, de falar...mas eu não era uma superstar, não era superdotada e nem superprotegida. 

Eu não tive traumas grandes (graças a Deus) e não tinha noção do poder da mídia consumista na minha cabeça, simplesmente vivi o meu tempo e guardo isso com todo carinho possível!

E é por conta desse carinho que eu tenho com a minha infância que guardo esta criança dentro de mim, além de guardar também minha boneca "bebezinha" que chama Franscisca (em homenagem ao meu pai! hehe...).

Eu fui criança, literalmente criança e acredito que isso me ajuda a ser uma pessoa muito mais feliz hoje. 

FIM! (pra terminar bem, nada melhor do que esta palavra que eu adorava escrever nas minhas redações)

"Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira.

Mas já tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum." (Monteiro Lobato)

Era uma vez uma pequena de olhos azuis...

Que adorava brincar com a prima Alice...

Vivia sempre aprontando com os primos...

E de vez em quando era comportada...

Mas a pequena nunca se esqueceu de sua infância...

Até porque hoje ela literalmente vive acompanhada de uma criança!